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Ortografia



A ortografia da língua portuguesa é o sistema de escrita padrão
usado para representar a língua portuguesa. A ortografia do português
usa o alfabeto latino de 26 letras complementado por sinais diacríticos.
É atualmente regulada pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa.


Princípios ortográficos: fonético vs. etimológico


O princípio fonético dos alfabetos estipula que cada letra deve
representar um único som, e que cada som deve ser representado por
uma única letra. Na prática, a relação entre letras
e sons é imperfeita na maioria das línguas, sendo impossível
de ser plenamente atingida em idiomas como o português, nos quais o
número de fonemas é maior que o número de grafemas que os representem.


O princípio fonético também enfrenta obstáculos pela
tendência natural da língua falada de se modificar com o tempo,
deixando o sistema de escrita obsoleto. O princípio etimológico
preza a manutenção de grafias não fonêmicas em nome
da memória da origem e evolução das palavras.


Uma ortografia perfeitamente fonética é possível no caso de línguas
de poucos falantes e sem grande variação linguística
(variações dialetais ou socioletais), mas deixa de ser desejável
no caso de idiomas com uma grande distribuição geográfica (como o português).
Nesse caso, é impossível uniformizar a escrita, pois uma grafia torna-se
fonética para uma variante do idioma, mas não para outra.


Assim, no caso do português, para escrever foneticamente, por exemplo,
o número "20", poderiam eventualmente usar-se as escritas bint, vint, vintchi,
vinte, vinti, conforme fosse escolhida a pronúncia popular do Porto, de Lisboa,
do Rio de Janeiro, de Curitiba ou de Luanda. Isto demonstra que, para uma grande língua,
a escrita totalmente fonética não é viável. Há escritas,
como a escrita chinesa, que adotam um sistema logográfico, em que a grafia é
entendida por todos, inclusivamente por falantes de diferentes línguas,
como o cantonês ou o mandarim. Entretanto, essa escrita apresenta o inconveniente
de ter milhares de grafemas para reproduzir a riqueza lexical de um idioma.


A ortografia da língua portuguesa adota o meio-termo. As palavras são apresentadas
não de maneira completamente fonética, mas aproximadamente fonética.
Cada palavra terá, então, um aspecto reconhecido imediatamente por todos
os falantes alfabetizados da língua, mas que não impeça que cada palavra escrita
seja pronunciada de modo diferente em cada região.
Texto retirado deste link


Irregularidades- A ortografia portuguesa tem, por um lado, sons representados por mais de uma letra,
e, por outro, letras que podem representar mais de um som. Algumas dessas irregularidades existem
para todos os falantes do português, mas a maioria só vale para alguns dialetos.


Irregularidades supradialetais

Homofonias- G vs. J: quando vêm antes de e e i, são pronunciados
da mesma forma. Seu uso é determinado somente pela origem das palavras. O J é
sempre preferido em vez de G na escrita de palavras indígenas brasileiras e africanas,
como jiboia e acarajé. (Por essa regra, as cidades de Bagé
e Mogi das Cruzes deveriam ser grafadas com J e não com G).
S e SS vs. X : o x em muitas palavras soa como s, tanto em seu valor sonoro (como em exemplo
e exumação) como em seu valor surdo (como em expectativa ou sintaxe).
Neste caso, a grafia se regula tanto pela etimologia quanto pela história
das palavras dentro do próprio idioma: o prefixo es- de palavras como
espremer e estranho é apenas uma forma vernácula do prefixo ex- das palavras exprimir e extrâneo,
que também têm a mesma origem. Es- é usado em palavras mais antigas e cotidianas
que se formaram organicamente com o português, enquanto ex- é usado em palavras mais novas
e mais eruditas que foram importadas do latim.


Polifonias- E e O : cada uma das duas vogais pode ter pronúncia aberta (/ɛ/ e /ɔ/)
ou fechada (/e/ e /o/). Na escrita, muitas vezes não há indicação,
como em besta /ɛ/ (arma antiga também chamada de balestra) e besta /e/ (animal quadrúpede).
Essa pronúncia nem sempre é uniforme entre os dialetos.
QU e GU : antes de E ou I, essas sequências podem representar tanto /k/ e
/g/ quanto /kw/ e /gw/. O U é pronunciado em equino (relativo a cavalo),
mas não em equino (ouriço-do-mar do gênero Echinus).
X : tem 4 valores no português, exemplificados nas palavras peixe, sexo,
exemplo e próximo. O dicionário Houaiss reconhece também
um valor adicional, /gz/, existente somente como uma de três
possibilidades de pronúncia no prefixo hexa (como em hexaedro).


Letras mudas- H: letra sem valor fonético próprio em português.
Aparece nos dígrafos ch, lh e nh, em algumas interjeições,
e em começo de palavra para preservar a escrita de origem
(em latim era escrito para representar o som /h/, como nas línguas germânicas atuais).
As propostas do lexicógrafo Gonçalves Viana, pioneiro da simplificação
ortográfica e um dos membros da Comissão de Reforma Ortográfica de 1911,
eliminavam quase todas essas irregularidades, substituindo g por j antes de e e i,
eliminando o h etimológico (seguindo o exemplo do italiano),
decompondo o x em seus valores fonológicos (passando a grafar
"tócsico", "sintasse" e "espectativa", mas continuando a grafar "roxo")
e usando marcação gráfica para esclarecer se o u é pronunciado
em "qu" e "gu".
Texto retirado desse link


Por fim, a ambiguidade da pronúncia de e e o era rareada
com a adoção de acentos diferenciais (tornando distintos, por exemplo,
côrte e corte). Dessas propostas, só as duas últimas foram adotadas,
com o emprego de acento grave sobre o u (freqùente, agùentar),
mas essas práticas foram abolidas em 1945. O Brasil também seguiu
essas convenções por algumas décadas a partir de 1943,
usando o trema em vez de acento grave (freqüente, agüentar) ,
mas aboliu em 1971 essa classe de acento diferencial e em 2009 o trema,
com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.


Irregularidades dialetais- As irregularidades seguintes ocorrem
na pronúncia de algumas regiões, mas não de outras.


Homofonias- B vs. V : no norte de Portugal e na Galiza, b e v são ambos
pronunciados como o b no restante do mundo lusófono, tornando boa e voa homófonos.
E vs. I, O vs. U : em posição átona, e pode ser pronunciado como i,
e o, como u, tornando júri homófono de jure (exceto em partes do Sul do Brasil).
A ocorrência desse fenómeno fora de fim de palavra
(tornando cumprimento homófono de comprimento) é um traço frequentemente
associado ao português europeu, mas também ocorre em muitos dialetos brasileiros,
embora em menor escala.


L vs. U : em quase todo o Brasil, l em fim de sílaba é
pronunciado como u, tornando mal e mau homófonos.
LI vs. LHI : no Brasil, ambos são pronunciados como "lhi",
tornando velinha e velhinha homófonos.
S/SS vs. C/Ç : pronunciadas identicamente na maior parte do mundo,
ainda se diferenciam em partes do norte de Portugal
(especificamente Trás-os-Montes e Alto Minho): c
( antes de e ou i)/ç são pronunciados /s/ (como no Brasil e no sul de Portugal),
enquanto s/ss representam o som distinto //
(um fonema que acusticamente parece estar entre o "s" de saia e o "x" de xadrez,
e que é o som da letra S também no espanhol de Castela).
Isso faz com que paço e passo não sejam pronunciados da mesma forma.
No galego (considerado por muitos uma variante da língua galego-portuguesa,
tal como o português, ainda na atualidade), c antes de e e i
pode pronunciar-se como /θ/ (o fonema do dígrafo "th" em inglês).


Na ortografia portuguesa, o Ç foi abolido em começo de palavra
onde etimologicamente deveria figurar: sapato, em vez de çapato.
O Ç é sempre preferido em lugar de SS na escrita de línguas ágrafas,
como as indígenas brasileiras, ou na transliteração, como do árabe
(Iguaçu, madraçal, Moçambique).
S vs. Z : originalmente, e ainda nos dialetos transmontanos e alto-minhotos,
se pronunciam distintamente; nessas regiões, z se pronuncia /z/, e s entre vogais,
// (um som intermediário entre o z de zero e o j de jarro).
No português padrão, cozer é homófono de coser, e paz,
de pás. A ortografia portuguesa desautorizou o uso de z em fim de
sílaba átona ou antes de consoante, exceto nos advérbios
em -mente (como vorazmente). Assim, escreve-se Cádis em vez de Cádiz
e asteca em lugar de azteca.


SC/SÇ/XC : no português europeu padrão, essas sequências
são pronunciadas /ʃs/. No Brasil e em partes de Portugal, são pronunciadas
assim como C/Ç, tornando decente e descente homófonos.
X vs. CH : originalmente, e ainda em regiões do norte de Portugal
(especificamente Alto-Minho e Trás-os-Montes), além da Galiza,
x representa /ʃ/, enquanto ch representa /tʃ/; no resto da Lusofonia,
ambos representam /ʃ/, tornando xá e chá homófonos.
Como regra de aplicação, o x é usado depois de ditongos (caixa, trouxa),
depois de en- (enxurrada, enxoval) exceto quando a palavra é derivada de outra já
com ch (cheio-encher-enchimento, charco-encharcar), nas palavras de origem indígena,
africana ou asiática (xará, muxoxo, xeque), e nas palavras de origem inglesa
originalmente escritas com sh (xampu, xerife, sendo chute uma exceção consagrada pelo uso).
X vs. CÇ : nos dialetos em que ç é homófono a s, o cç de
ficção não se diferencia do x de fixo.


Ditongos: os ditongos decrescentes ai, ei, oi e ou têm pronúncia variável
nos países de língua portuguesa; em grande parte dos dialetos, um ou mais deles
podem ser pronunciados como monotongos, tornando cera homófono de seira. Por outro lado,
em muitos dialetos do Brasil, certos monotongos podem ser pronunciados como ditongos,
fazendo más ser pronunciado como mais.
Texto retirado desse link


Polifonias- S entre consoante e vogal: irregularmente, S tem valor sonoro ([z] ou [z])
em obséquio e em palavras com o prefixo trans- seguido de vogal, como transação,
transe, trânsito e transobjetivo. A regra é o S ter valor surdo entre consoante e vogal,
como se verifica em observar. Muitos falantes o pronunciam sonoro em subsídio e subsistência,
embora essa pronúncia seja tradicionalmente considerada incorreta.
O S soa surdo em palavras formadas pelo prefixo trans- e outra palavra iniciada por S,
como transexual (trans + sexual) ou transiberiano (trans + siberiano);
nesses casos, só não se grafa SS porque esse dígrafo só é
permitido entre vogais . Em consequência disso, é necessário
que o falante conheça a etimologia da palavra para inferir a pronúncia
de palavras como transeção.


Essa irregularidade não existe para os galegos, que não
costumam sonorizar o S (casa se pronuncia /kasa/ e não /kaza/).


Letras mudas- Consoantes mudas: nos países que não o Brasil, até
a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, em 2009, eram grafadas consoantes
que não eram pronunciadas; na maior parte dos casos, c e p nas sequências cç,
ct, pç e pt. Em muitos casos, era possível prever a partir da fala o uso
dessas consoantes, nas ocasiões em que marcavam a abertura da vogal precedente.
Mesmo nesses casos, no entanto, não era possível saber se a letra a se
utilizar era c ou p tendo como referência somente a fala.


Fonemas não grafados- Em muitos dialetos, certos encontros consonantais são
frequentemente desfeitos na oralidade com a introdução de uma vogal epentética
entre as consoantes. Essa vogal não é registrada na escrita.
No Brasil o fonema introduzido é /i/, fazendo com
que segmento seja pronunciado assim como seguimento.
Texto tirado daqui


História da ortografia da língua portuguesa- Ao contrário de
outras grandes línguas europeias, como o espanhol, que nos fins do século XV
encontrou em Antonio de Nebrija o seu codificador, tanto da grafia como da gramática,
e mesmo do italiano que, após diversas vicissitudes, acabou por receber
forma gráfica definitiva entre os séculos XII e XVIII, o português
manteve até ao princípio do século XX uma pluralidade de grafias não
padronizadas, por regra, inspiradas na etimologia. De acordo com o filólogo Giuseppe Tavani,
em linhas gerais, a história da ortografia portuguesa pode dividir-se em três períodos:


Do século XIII a meados do XVI: ortografia fonética- Este primeiro período é
genericamente caracterizado por uma adesão da escrita à pronúncia.


Foi no século XIII que começaram a se estabelecer certas tradições
gráficas na jovem língua vernácula. O Testamento de Afonso II, de 1214,
já utilizava ch para a consoante fricativa [tʃ] —
ex.: Sancho, chama (pronunciado: Santcho, tchama) —, consoante diferente do [ʃ],
ao qual se aplicava a grafia x. Este ch, de origem francesa, já era usado em Castela
com o mesmo valor. Para a nasal palatal [ɲ] e a lateral palatal [ʎ] só após
1250 começaram a se usar as grafias de origem provençal nh e lh; ex.: ganhar, velha.


No entanto, a falta de um acordo mínimo entre os escribas tornou-se responsável
pelas muitas incongruências dos textos antigos, podendo um mesmo som ser representado
de modos diversos ou sons diferentes serem representados por uma única forma gráfica.
Por exemplo, tal como actualmente, o som [g], a oclusiva velar sonora, era representado
por g antes de a, o, u e por gu antes de e e i; mas é frequente depararmos com uma troca de signos:
gerra em vez de guerra, algem por alguém, língoa em vez de língua, amigua em vez de amiga,
alguo em vez de algo. Analogamente, qu era usado para representar a oclusiva velar surda, o som [k],
não só antes de vogal palatal (e e i), mas também de vogal gutural (a e o): cinquo por cinco,
nunqua por nunca (talvez pela proximidade com as formas latinas quinque e nunquam).


Outras incongruências surgem no uso indistinto de g, gi e j para representar a
fricativa palatoalveolar sonora, [ʒ], (agia por haja, mangar por manjar e fugo por fujo);
de i, y e j (aya por haja, iulgar por julgar, oye por hoje, ljuro por livro); de m, n e
til (ãno e año por anno, camiho por caminho, cimco por cinco, grãde por grande,
huildade por humildade, tẽpo por tempo, razõ por razom). Entre outros fins, o til era
também usado em vez do m intervocálico para economizar espaço.


De notar ainda, na ortografia arcaica, o singular uso do h depois de certas consoantes
com o valor de i semivocálico (sabha por sabia, mha por mia) e o amplo uso de vogais duplas,
inicialmente provocado pela perda de uma consoante intermédia, mas depois recurso gráfico
para indicar uma vogal tónica. O uso de grafias como escripto por escrito, feicto por feito,
em que p e c eram sinais gráficos desprovidos de qualquer valor fonético,
e de nocte em vez de noite, em que o c era lido como i, mostram como a influência do latim
se fazia sentir ainda antes do século XVI.


Apesar das suas imprecisões e incoerências, a grafia do galego-português medieval
aparece como mais regular e fonética do que aquela que prevalecerá em português
nos séculos subsequentes.
Texto retirado daqui


Do Renascimento ao início do século XX: ortografia etimológica-
Ver também o anexo: Pequeno dicionário comparativo entre as ortografias


aviso anterior a 1911 na parede da Igreja do Carmo, na cidade do Porto.
aviso anterior a 1911 na parede da Igreja do Carmo, na cidade do Porto.


O aparecimento da tipografia contribuiu para tornar cada vez mais correntes as novas grafias,
abundantes em ch (com valor de [k]), ph, rh, th e y nas palavras de origem grega
(archaico, phrase, rhetorica, theatro, estylo, etc.) e ct, gm, gn, mn, mpt nas
palavras de origem latina (aucthor, fructo, phleugma, assignatura, damno, prompto),
não faltando, também, as falsas etimologias, como a de tesoura escrita thesoura,
por sugestão de thesaurus, quando o étimo é tonsoria.


No entanto, houve sempre gramáticos a criticar, até com aspereza, esta ortografia,
inicialmente teorizada por Duarte Nunes de Leão na sua Orthographia da lingoa portuguesa,
de 1576, e que veio a culminar no século XVIII sobretudo pela obra de
João de Morais Madureira Feijó, Orthographia, ou Arte de Escrever,
e pronunciar com acerto a Lingua Portugueza, de 1734, apogeu máximo da defesa
da etimologia na ortografia portuguesa.


Assim, restauraram-se no português não só letras que tinham deixado de existir,
como também, em alguns casos, os sons correspondentes, como por exemplo o g de digno
(quando o corrente anteriormente era escrever e pronunciar dino). Enquanto a Real Academia Espanhola
reformava a ortografia no século XVIII em bases fonéticas racionais,
a "Academia Real das Sciencias de Lisboa" consagrava a etimologia como
supremo princípio ortográfico. Talvez fosse influenciada, nessa política,
pela ortografia francesa ou talvez, com mais probabilidade, pelo desejo de tornar
a língua portuguesa, até no plano gráfico, a mais diferenciada possível da espanhola.
Texto completo aqui


Links ligados a continuação dos textos acima:

De 1911 até aos nossos dias: reformas ortográficas
Cronologia das reformas ortográficas na língua portuguesa
As duas ortografias do português


Ver também

Acordo Ortográfico de 1990
------ Acordo Ortográfico de 1945
------ Formulário Ortográfico de 1943
Acordo Ortográfico de 1931
------ Língua portuguesa


Ortografia
------ Dialeto
------ Variação (linguística)
------ Vocabulário Ortográfico do Português
Analisador Morfológico
------ Acordos ortográficos


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